Franciscos, Afonso e a moral que nasce do Presépio
Dalbem / 25 Dicembre 2019

O tempo cronológico faz o seu trabalho e, mais uma vez, um ano se aproxima do seu fim. No âmbito do simbólico, para experimentar aquela outra qualidade de tempo que extrapola o mero passar dos minutos indo à dimensão da graça, aprendemos a celebrar a abertura e o fechamento de ciclos povoando a linearidade temporal de “estações” carregadas de sentimento e sentido. O Eterno Divino, irrompendo e rompendo a monotonia temporal da humanidade, estabelece a estação-símbolo maior, lugar/tempo de fala e de encontro: a Encarnação do Verbo. Natal, nascimento, é assim que aprendemos a chamar este acontecimento; presépio, é deste modo que a arte-orante traduziu a simplicidade-complexa deste evento. Algumas semanas atrás, Papa Francisco, na breve Carta Apostólica Admirabile Signum, dada à publicação em Greccio, no Santuário do Presépio no dia 01 de dezembro, recorda e contempla a proposta de outro Francisco, aquele que séculos atrás, naquele mesmo lugar, começou a tradição de assim representar a Encarnação. Francisco, o atual, recorda o presépio como uma forma singular de experiência da proximidade de Deus. Tal proximidade que irrompe na pretensa estabilidade humana portando a novidade de uma vida plena e fraterna. «…Jesus é a novidade em meio a um mundo velho,…